Ensino Superior

Gonçalo Pardal é o novo presidente da MAM/AAC

Maria Inês Pinela

Candidato eleito salienta querer ser imparcial para com órgãos da casa. João Maduro mostra-se disponível para lutar pelos interesses dos estudantes. Por Bruna Passas e Maria Inês Pinela

Nas eleições para a Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC), que decorreram nos dias 14 e 17 de novembro, Gonçalo Pardal, candidato pela Lista S – “Sentir Académica”, saiu vitorioso. Do outro lado, encontrava-se João Maduro, candidato pela Lista E – “Estudantes Primeiro”.

Nestas eleições verificou-se uma taxa de abstenção de 86,7 por cento, o que constituiu um aumento de 14,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O presidente eleito acredita que “2022 foi exigente no que toca a eleições e os estudantes podem se ter sentido fatigados com este excesso”. Já João Maduro justifica a subida da abstenção com o facto “de os estudantes se sentirem afastados” da MAM/AAC.

Gonçalo Pardal

O mestrando em Engenharia Química, eleito com 2560 votos, afirma querer ser um “presidente imparcial”. Gonçalo Pardal ambiciona desenvolver as relações com os órgãos da casa, com o objetivo de alcançar uma boa articulação com todos. Explica que a lista S vai focar as primeiras semanas do mandato na apresentação e criação de diálogos, para as colaborações futuras serem “fluídas”. 

Gonçalo Pardal procura “inovar e oferecer estabilidade à casa”. O presidente eleito considera importante respeitar a Assembleia Magna (AM) e as suas competências, a envolvência dos estudantes nestas sessões e a divulgação e apresentação de documentos pertinentes para as discussões.

Para uma maior envolvência por parte dos estudantes nas sessões, o presidente da MAM/AAC e o presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), João Caseiro, estão a trabalhar em conjunto com a Câmara Municipal de Coimbra de forma a alcançar a gratuitidade dos transportes Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra durante horários específicos nos dias da AM.

Gonçalo Pardal afirma que a frequência das AM estão pendentes da pertinência da ordem de trabalhos, mas que se houver requerimentos para mais sessões, as marcações e as realizações das mesmas vão ser asseguradas por si e pela sua equipa. Acrescenta também que é necessário uma melhor organização de tempo para que todos possam ter um momento de contributo nas AM.

A ação reivindicativa por parte do corpo estudantil reduziu com a pandemia, segundo Gonçalo Pardal. O candidato da Lista S afirma que todas as moções e propostas são bem-vindas à AM e que, se forem votadas como benéficas para a Académica, a equipa vai executar os pedidos da melhor maneira possível. Por fim, Gonçalo Pardal deixa uma palavra de apreço a todos os eleitores que se dirigiram às urnas e uma palavra de carinho à atual MAM/AAC.

João Maduro

O candidato da Lista E afirma que “há que respeitar” a escolha dos estudantes, no entanto, acredita que apresentou uma campanha para vencer. Ainda assim, considera que o resultado obtido não foi negativo, pois conseguiu alcançar 405 estudantes.

O também aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) salienta a capacidade da lista em estar “em contacto com os estudantes no Polo l”. Contudo, admite que a campanha não teve a mesma incidência nos restantes polos.

João Maduro, tal como Gonçalo Pardal, tem em vista a disponibilização de transportes gratuitos para as AM, pois acredita que o custo da deslocação não deve vir dos próprios estudantes. Para além desta proposta, realça a importância de se realizarem mais AM ao longo do ano letivo, com o intuito de possibilitar aos estudantes a participação nas discussões de “forma mais ativa”.

O aluno da FDUC declara que vai continuar a comparecer nas AM, com o intuito de “lutar por um ensino público, gratuito e de qualidade”. Em relação a uma possível recandidatura, João Maduro confessa que não exclui a opção da mesa.

Bruna Passas
To Top