Ensino Superior

Estudantes comemoram 102 anos da Tomada da Bastilha

Mariana Neves

Adesão ao cortejo não foi influenciada pelo mau tempo. Presidente da DG/AAC salienta necessidade de uma união interna. Por Andreína de Freitas e Mariana Neves

Na passada noite de 24 de novembro foi celebrado o centésimo segundo aniversário da Tomada da Bastilha. A comemoração foi marcada por alguma chuva à semelhança do ocorrido há 102 anos, mas isto não dissuadiu a comunidade estudantil que, desde a Porta Férrea, iniciou o percurso comemorativo, que culminou na porta da atual Associação Académica de Coimbra (AAC). O Presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), João Caseiro, mostrou-se surpreendido de forma positiva, pois “comprovou-se que os estudantes aderiram apesar do tempo”.

A Tomada da Bastilha decorreu na madrugada de 24 para 25 de novembro de 1920.  Neste dia, um grupo de estudantes tomaram de assalto o Clube dos Lentes, localizado no primeiro piso do Colégio de S. Paulo Ermita, pois sentiam a necessidade de um novo espaço para albergar a AAC enquanto sua sede. Depois desta conquista, marcharam desde a alta até à baixa com archotes iluminados, que continuam a ser hoje o símbolo deste evento marcante para a Académica.

A marcha celebrativa seguiu até à Sé Velha, onde decorreu a atuação do Coro Misto da Universidade de Coimbra (UC). De seguida, os estudantes desceram até ao Arco de Almedina, que contou com a apresentação do Coro dos Antigos Orfeanistas da UC. O percurso finalizou com a atuação do Orfeon Académico de Coimbra, da Tuna Académica da UC e da Secção de Fado da AAC. Segundo João Caseiro, a passagem por estes monumentos e as atuações procuram trazer algum simbolismo e não ser apenas “uma simples caminhada”.

Logo após as apresentações musicais, o presidente da DG/AAC subiu ao primeiro piso da sede da AAC onde concluiu a noite com o seu discurso, focado em duas vertentes. A nível externo, direcionou-se “aos seus parceiros” – a UC e a Câmara Municipal de Coimbra (CMC). João Caseiro salientou que a CMC “pode dar mais apoio a nível de espaços e de financiamento”, já que a sua falta tem sido um dos principais constrangimentos para a AAC. Já a vertente interna foi orientada para a Académica, tanto para os seus problemas e necessidades, como para passar uma mensagem de união. Acrescenta que “tem que se pensar na instituição como um todo, pois em união interna há mais força para lutar pelas reivindicações”.

O presidente da DG/AAC reforça a importância destes momentos e da sua recreação, uma vez que através deles a comunidade estudantil contacta com a história da AAC. Nas palavras de João Caseiro, os estudantes conseguem sentir “porque a Académica é a Académica, uma associação diferente de qualquer outra no país”.

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