Músicos nacionais abriram palco principal na última noite da festa. Público enche recinto ao som dos ritmos cabo-verdianos e do rap. Por Alexandra Guimarães
A última noite da Queima das Fitas (QF) estava quente, mas aqueceu ainda mais com a atuação de Dino D’Santiago. O artista abriu o palco, às 23h30, com músicas como “Nossa Lisboa” e “Mundo Novo”. Ainda que já tenha feito parte do cartaz de edições anteriores, como membro de bandas, desta vez atuou em nome próprio. Mesmo sozinho em palco, o músico conseguiu enchê-lo com a sua presença e pôr o público a dançar ao som de ritmos cabo-verdianos.
Em conferência de imprensa, Dino D’Santiago referiu que “é uma honra fazer parte deste evento”. O músico contou que sentia “responsabilidade e gratidão” por estar a dirigir-se a “uma geração regeneradora que marca o presente e que investe num futuro mais otimista”. Considera que “o circuito das Queimas das Fitas é uma das melhores jornadas e a de Coimbra é o epicentro”. Apesar de reconhecer que os estudantes já estão cansados, por ser o último dia, mostrou-se confiante numa “boa energia por parte do público, porque o espírito da QF é de celebração”.



Maria Vaz, estudante de Arte e Design que estava a assistir ao concerto, confessou “estar a gostar mais do dia de hoje do que de ontem, pelo melhor som”. A aluna esteve presente em vários dias da QF, mas revelou ter “expectativas elevadas” para este último. Já Marta Dias, outra espectadora do concerto, lamentou que a noite tivesse começado com “pouca gente”. Apesar de conhecer Dino D’Santiago, veio de Ourém para ver Profjam.
O recinto começou a encher com Lon3r Johny, que subiu a palco de seguida. Acompanhado por uma mesa de mistura e por efeitos de luz, o rapper disse ao público que tinha “saudades de estar aqui”. O som aumentou de volume e fizeram-se ouvir temas como “Death Note” e “Nave”.
Esta é a segunda aparição seguida do rapper na festa dos estudantes, embora tenha variado um pouco o seu repertório, muitas das suas músicas fazem parte do seu último álbum “A Nave Vai Em Tour”. Alexandre Algarvio veio de Aveiro a convite de um amigo e disse “estar a gostar” de Lon3r Johny. Na sua opinião, o músico “fez encher o recinto por ser um artista conhecido”.


Profjam, o artista mais esperado, gritou em palco que queria “tomar conta de Coimbra”, o que se concretizou na grande afluência de público. Acrescentou ainda que a QF é “onde se sente em casa”. O artista brindou a Coimbra com uma cerveja e por várias vezes adaptou as letras das músicas de forma a incluir o nome da cidade dos estudantes. Lon3r Johny voltou a palco, desta vez como convidado e Profjam chamou ainda benji price, que atuou na noite anterior, e Mike El Nite.
Carlos Silva, estudante de Engenharia Informática no ISEC, revelou “estar a adorar o concerto e toda a QF”. Este artista foi o motivo que o fez eleger o último dia do evento para vir ao Parque da Canção.





A terminar o concerto, Profjam conclui que “estamos quase a acabar a viagem”. Também a QF foi uma viagem de uma semana pelas tradições coimbrãs, que chegou agora ao fim.
