Ensino Superior

Queima das Fitas dá palco à Cultura da Academia

Alexandra Guimarães

Objetivo do evento é divulgar a cultura como parte da vida académica. Secções apontam para a necessidade de maior envolvimento dos estudantes neste meio. Por Alexandra Guimarães

Os jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC) acolhem hoje, dia 10, a Feira Cultural, integrada nas atividades da Queima das Fitas (QF). O evento teve início pelas 16h e estão montadas bancas das secções da casa, algumas delas com jogos e concursos.  A programação conta com atuações de grupos académicos, entre os quais o Grupo de Cordas, a Estudantina Universitária de Coimbra, a Orquestra Típica e Rancho, a Estudantina Feminina de Coimbra, o Grupo de Fado Maio e a Orxestra Pitagórica.

Ainda nos jardins, a comida e a bebida estão a cargo da Secção de Gastronomia da AAC (SG/AAC). Para lá da AAC, vai haver ainda um cineconcerto promovido pelo Centro de Estudos Cinematográficos da AAC, às 21h30, na Casa do Cinema de Coimbra. Também às 21h30 a Secção de Astronomia da AAC (SA/AAC) vai dinamizar uma observação, no Largo D. Dinis.

De acordo com a comissária da Cultura da Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF), Emília Correia, “o objetivo da feira é dar a conhecer as secções”. A estudante acredita que o evento “é o primeiro passo para algo”, que espera que se torne tradição na QF. Conta ainda que um dos motivos que levou à realização do evento foi o facto de que “a cultura tem sido negligenciada”. Segundo Emília Correia, atividades como esta “complementam a QF”, evento que “não se resume às Noites no Parque, mas proporciona também aos estudantes atividades culturais”.

Gonçalo Carvalho, vice-presidente da TV/AAC, sublinha que “esta é a melhor oportunidade do ano para chegar a mais pessoas”. No entanto, lamenta que não estejam presentes mais secções, dado que o número de secções presentes fica muito abaixo do total. Já Vítor Sanfins, presidente da SG/AAC, destaca a localização privilegiada da feira como forma de garantir “visibilidade à riqueza cultural e à diversidade que podem ser encontradas na AAC”.

Miguel Matos, membro da Estudantina Universitária de Coimbra, espera que a feira desperte o interesse de novos associados e sugere que os estudantes se devem interessar por conhecer a sua Academia. Por outro lado, a coordenadora do departamento de training do Centro de Informática da AAC, Matilde Palmeira, “pretende desmistificar a Informática e mostrar que se podem fazer coisas ao mesmo tempo divertidas e importantes”.

Inês Oliveira, membro da direção da SA/AAC, considera que os estudantes não conhecem todas as secções e que devia haver maior envolvimento da comunidade estudantil na casa. O presidente da Secção de Jornalismo da AAC, Bruno Oliveira, explica que “as secções de comunicação conseguem ter um contacto com maior número de estudantes, mas a maior parte das secções vê-se em dificuldade para captar associados”. A solução para isso, apontada por Paulo Santos, presidente da Pró-Secção de Jogos de Tabuleiro da AAC é a “divulgação conjunta, coordenada e mais ampla, como por exemplo, a notificação prometida e não concretizada, via Inforestudante, das atividades das secções”. Emília Oliveira, presidente da Comissão Administrativa do Grupo Ecológico da AAC destaca “estas secções como parte fundamental da vida académica e forma de fomentar o enriquecimento cultural”.

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