Mandato teve início no dia 1 de março. Nome de Celeste Amaro foi avançado, em comunicado de imprensa da CMC, em fevereiro. Por Catarina Magalhães
A ex-deputada do PSD e antiga diretora regional de Cultura do Centro vinha substituir Isabel Worm, na assessoria artística e cultural do Convento São Francisco (CSF). A sua nomeação, tornada pública através de um comunicado da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), não esteve isenta de críticas, por parte do PCP e do PS, bem como do movimento Cidadãos por Coimbra, de acordo com o Jornal Público. O afastamento do cargo foi confirmado à Agência Lusa, que adiantou que a sua saída, no dia 7 de março, resultou de uma decisão do presidente da CMC, José Manuel Silva.
Na altura do anúncio da nomeação, José Manuel Silva havia pedido à oposição para olhar para o trabalho de Celeste Amaro “pela qualidade e ecletismo da sua futura programação cultural e não por enviesadas e míopes considerações de simpatias políticas”. Fonte da CMC adiantou à Agência Lusa que será tornado público “quando for encontrada uma alternativa” para a assessoria artística e cultural do CSF. O presidente da CMC classificou a decisão como “difícil”, mas a programação do CSF encontra-se assegurada até setembro, como assinalou em declarações à RUC. Assumiu como uma das razões o facto de não haver “integração de todos os elementos numa equipa”.
Na base das críticas a Celeste Amaro, estava a integração de Diogo Gaspar, ex-diretor do Museu da Presidência, em julgamento por 42 crimes na Operação Cavaleiro, na Direção Regional de Cultura do Centro. Além de, como refere o Jornal Público, em 2018, numa visita à cidade de Leiria, a ex-deputada ter referido “que se tinha deslocado àquela cidade porque ali os agentes culturais não lhe pediam dinheiro” – o que esteve na origem de uma petição pública, assinada por mais de mil pessoas da área, a exigir a sua demissão.
