Em desenvolvimento em Coimbra e Salamanca, projeto transfronteiriço visa, a deteção prévia e futura prevenção de leucemia. Estudo procura a participação voluntária de utentes do concelho de Coimbra. Por Maria Luísa Santos
Um estudo em vigor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) tem em vista a deteção precoce de leucemia em maiores de 18 anos, inscritos em centros de saúde pertencentes ao concelho de Coimbra. Este faz parte de uma iniciativa ibérica, o projeto IDIAL-NET, denominado de “Rede Transfronteiriça de Inovação no Diagnóstico Precoce da Leucemia para um envelhecimento saudável”, onde participa uma equipa de investigadores da FMUC, tal como a Administração Regional de Saúde de Centro (ARSC).
Segundo a nota de imprensa, o projeto conduzido pela Fundação de Investigação do Cancro da Universidade de Salamanca, em Espanha, “aposta na prevenção e deteção da leucemia linfocítica crónica (LLC), uma das mais frequentes no mundo ocidental”. Este é desenvolvido no âmbito da IDIAL-NET, uma rede multidisciplinar com investigações na área da medicina preventiva. A rede conta com o financiamento de cerca de 1,15 milhões de euros, proveniente da União Europeia, através do programa INTERREG/POCTEP.
A coordenadora desta iniciativa em Portugal e docente da FMUC, Ana Bela Sarmento Ribeiro, salientou, na nota enviada à comunicação social, que o estudo tem como objetivo “melhorar o conhecimento sobre os mecanismos moleculares envolvidos no desenvolvimento e progressão de uma doença benigna que pode preceder o desenvolvimento da LLC”. Acrescenta ainda que esta identificação precoce vai permitir “o desenvolvimento de programas de monitorização invasivos essenciais para um envelhecimento saudável”.
Para esta fase do estudo é necessária a participação de voluntários do concelho de Coimbra. Os interessados em colaborar neste programa devem entrar em contacto com o seu médico de família, que faz o agendamento para a recolha de sangue. Numa outra etapa é realizada uma colheita no Pólo III, junto ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). “Caso o resultado da análise seja positivo, o médico de família, em articulação com médicos hematologistas do CHUC, faz o acompanhamento clínico”, clarificou a coordenadora do estudo.
