Cidade dos estudantes recebe vários estilos de ilusionismo durante uma semana. Ilusionistas internacionais trazem magia às ruas de Coimbra. Por Tomás Barros e Marília Lemos
Começou hoje, dia 21 de setembro, a 25ª edição do Encontros Mágicos – Festival Internacional de Magia de Coimbra, que se estende até dia 25. Esta edição traz vários ilusionistas nacionais e internacionais por diversos locais da cidade. Luís de Matos, mágico e diretor artístico do Festival considera o evento “uma montra para o que melhor se faz na magia em cada momento na história do mundo”.
Festival que teve início originalmente em 1992 pelas mãos de José Carlos Gomes, levou Luís de Matos a pisar o palco do Teatro Académico Gil Vicente. Quase 29 anos depois, o atual diretor artístico organiza o festival que, desde 1998, tem a duração de uma semana e que nesta edição conta com 16 ilusionistas de diversos países.
Para Luís de Matos, o grande diferencial do ilusionismo é “ser universal, porque não carece do entendimento de uma linguagem específica mas recorre-se da imaginação, que vem de série com o ser humano”. Por esse motivo, o diretor artístico defende que “a magia pode ser usufruída por pessoas de todas as faixas etárias e de todos os traços culturais, sociais e económicos, e é por isso que ao olhar para a plateia pode-se ver nela representada toda a sociedade”.
Embora a magia seja uma arte para todos, Luís de Matos aponta ter percebido que, ainda assim, “havia pessoas que não se podiam juntar porque estavam em instituições, hospitais, e prisões”. Portanto, “para que essa transversalidade fosse verdadeiramente plena”, foi instituída a vertente solidária do Festival, que leva os espetáculos até às instituições que, devido à pandemia, não se realizou nestes dois últimos anos.
O diretor artístico destaca que o caráter internacional desta edição do evento possibilitou, “dentro da arte mágica, encontrar embaixadores de estilos diferentes e de áreas diferentes”. Desta forma, “o público tem a possibilidade de usufruir daquilo que melhor se faz na magia mundial”.
Luís de Matos ressalta ainda que este ano tem sido “um sucesso de público, com espectadores ávidos em interagir”. O diretor artístico considera que isto se deve ao facto de que, depois de um ano de restrições, “as pessoas têm o desejo de voltar a sentir-se parte desta comunidade”. Reflete ainda que, “nestes tempos pandémicos, a única coisa que salva é a cultura, na medida em que resgata a noção de comunidade que foi arrancada”.
