Ciência & Tecnologia

Impacto da pandemia nos sonhos e nos padrões de sono é objeto de estudo no ISMT

Ilustração cedida por APCDP

Estudo avalia o impacto da situação pandémica para o conteúdo psíquico dos sonhos e qualidade do sono. Questionário conta com uma boa adesão do sexo feminino. Por Carolina Costa

No âmbito de uma investigação ligada ao Mestrado em Psicologia Clínica da Escola Superior de Altos Estudos do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), o projeto de investigação “Sonhos e padrões de sono durante a pandemia COVID-19 em Portugal” tem como objetivo avaliar o impacto que o contexto pandémico tem na saúde mental da população portuguesa, com particular enfoque na qualidade do sono. O estudo visa dar ainda uma especial atenção à análise psicanalítica da narrativa dos sonhos dos participantes na investigação.

Através de um questionário anónimo, com duração de cerca de 15 minutos, a equipa de investigação procura avaliar a repercussão que as restrições sanitárias decorrentes do contexto pandémico têm sobre a qualidade da fase do sono. Henrique Vicente, professor auxiliar convidado do ISMT e investigador principal do projeto, afirma que o inquérito conta com “um leque de questões com diferentes instrumentos para avaliação do sentido dos sonhos e dos padrões de sono”.

Segundo o investigador, o projeto recorre ainda a instrumentos psicométricos que “avaliam a solidão, a saúde mental, o comportamento psíquico e os padrões de sono” no contexto pandémico que afeta a vida dos portugueses desde março de 2020. São igualmente tomadas em consideração variáveis relacionadas com a vida pessoal da população em estudo, a fim de esclarecer o modo como “as profundas alterações que a pandemia provocou e os efeitos na dimensão dos sonhos”, destaca.

Na opinião de Henrique Vicente, a adesão ao inquérito online tem sido positiva, já que conta atualmente com mais de 1000 participantes, na sua maioria do sexo feminino. Salienta ainda que no decorrer do estudo dos sonhos tem a expectativa de “apelar para uma maior sensibilização para a saúde mental em Portugal”.

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