Ensino Superior

Projeto coordenado por investigadores da FCTUC visa promover o debate sobre a era do Antropoceno

Iniciativa reúne comunidade académica internacional em busca de respostas para o futuro do planeta. Conversa é aberta ao público e marca o início de 2021. Por Julia Floriano e Inês Leite

Entre os dias 15 de fevereiro e 10 de maio, vai decorrer uma série de debates entre estudiosos e especialistas acerca da relação entre o ser humano e a natureza. O projeto “Pluralizando o Antropoceno: Reimaginando o Futuro do Planeta no Século XXI” conta com a moderação de Gonçalo Santos e Ana Luísa Santos, investigadores do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). A iniciativa estabeleceu parcerias com a Fundação de Serralves, ‘Sci-Tech Asia’ e ‘Centre for Functional Ecology – Science for People and the Planet’.

No centro da discussão vão estar os principais desafios do Antropoceno, aplicados à pluralidade social no mundo. “Prevenir a intensificação das desigualdades existentes” é um dos objetivos, como aponta Gonçalo Santos em comunicado de imprensa. Para além disso, pretende-se promover um pensamento coletivo que favoreça decisões no âmbito de ultrapassar a situação de crise e de criar novas alternativas para o futuro. 

O evento está organizado em seis conferências que vão ser conduzidas por vários pensadores das humanidades e ciências contemporâneas, como por exemplo Tim Ingold, antropólogo britânico da Universidade de Aberdeen. A sua palestra “A Sustentabilidade de Tudo” foi escolhida para iniciar o debate tendo em vista a urgência em alargar o conceito de sustentabilidade a uma escala global. 

Na nota de imprensa, Gonçalo Santos classifica a atualidade como “a era dos humanos” e aponta os sistemas de produção e hábitos consumistas da sociedade como principais causas para a devastação e transformações ambientais. No caso de Portugal, o investigador revela que “a redução da precipitação e o aumento acelerado da temperatura apontam para um aumento significativo de incêndios e de secas nas próximas décadas”.

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