Iniciativa produz peças em massa que podem ser reutilizadas. Projeto INNO3DJOINTS, que faz parte da Comissão da UE, tem investimento de 1,5 milhões de euros. Por Ana Haeitmann e Cátia Gonçalves
A Universidade de Coimbra (UC) lidera um projeto de construção modular híbrida. Luís Simões da Silva, professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, coordena a iniciativa. O desenvolvimento de estruturas, que são como “lego”, tem potencial económico e ecológico e visa beneficiar as empresas do consórcio e representar ‘’uma quota significativa no mercado’’.
O projeto “Innovative 3D Joints for Robust and Economic Tubular Construction – INNO3DJOINTS”, que se baseia no desenvolvimento de estruturas desmontáveis, permite que a construção seja mais modular. O professor explica que ‘’o processo se torna mais rentável devido ao fácil fabrico em massa o que diminui o custo”. Também acrescenta que ‘’por se tratarem de peças desmontáveis e reutilizáveis, se tornam melhores opções a nível ambiental.’’
Além disso, Luís Simões da Silva espera que este método possa “ser visto como uma outra solução para os profissionais da área”. O método do INNO3DJOINT utiliza “colunas tubulares com perfis de aço feitos a frio”, explica o coordenador, “as juntas foram testadas e depois produzidas em tamanho real 3D”. Vale ressaltar que o empreendimento pode “atrair investimento científico para a UC, mas na sua maioria vai trazer lucro para as empresas parceiras da iniciativa”, complementa.
O empreendimento, segundo Luís Simões da Silva, conta com 1,5 milhões de euros da Comissão Europeia, e tem como colaboradores a empresa francesa CTICM e a espanhola Condessa, além da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, e da Universidade de Nápoles “Federico II”, em Itália. Vinca que “a iniciativa pode revolucionar a construção civil de forma significativa, mas não tem potencial para substituir todos os formatos diversificados da engenharia atual”.
