Ensino Superior

Primeira Assembleia Magna sob presidência de João Lincho marcada pela discórdia entre os intervenientes

Diogo Machado

Auditório da Reitoria teve sala cheia e contestação aos artigos do regimento interno da Assembleia Magna da AAC. Maioria das propostas de alteração ao documento reivindicativo à Presidência da República foram chumbadas. Por Ana Rita Baptista e Jéssica Oliveira 

Foi no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra (UC), por volta das 19 horas, que se realizou a primeira Assembleia Magna com João Lincho como presidente da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC). Os temas do debate focaram-se no Regimento Interno da Assembleia Magna, na discussão e aprovação do documento reivindicativo da AAC e no parecer do Conselho Fiscal da AAC (CF/AAC) relativamente ao relatório e contas da Queima das Fitas 2020 (QF’20).

A forte adesão da comunidade estudantil levou à lotação inicial do auditório, com cerca de 230 alunos, o que gerou polémica por parte de alguns elementos do quórum. Este assunto levou a que, no decorrer do debate, ocorressem várias suspensões da Assembleia Magna por questões de segurança. A MAM/AAC foi acusada por vários associados de proibir a entrada no auditório a estudantes que aguardavam no exterior devido à sala já estar lotada. Para Ghyovana Carvalho, aluna da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), este processo foi “antidemocrático”, pois “ninguém deve ser mandado sair da Assembleia Magna”, frisou a mesma.

Os estudantes expuseram várias propostas para a alteração do documento reivindicativo da AAC a apresentar à Presidência da República. No entanto, a maior parte destas foram chumbadas pelo quórum por larga maioria. O presidente da Direção Geral da AAC (DG/AAC), João Assunção, propôs que este documento não seja entregue ao candidato presidencial André Ventura,  por divergências políticas e ideológicas incompatíveis com a AAC. Esta medida foi aprovada sem nenhum voto contra.

Diogo Vale, aluno da Faculdade de Medicina da UC (FMUC),  foi um dos alunos que de forma recorrente interveio no debate. Após a votação das propostas relativas ao documento reivindicativo da AAC, o associado acrescenta dois pontos que considera prioridades de um próximo presidente – a reposição dos direitos constitucionais relativos ao Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES),  e o direito constitucional do aluno à habitação – os quais foram aceites.

Para terminar esta Assembleia a presidente do CF/AAC, Dora Santo, apresentou o parecer do Conselho Fiscal relativo ao Relatório e Contas da QF’20 que foi aprovado pela maioria. O Dux Veteranorum, Matias Correia,  representante do conselho diretivo da Queima das Fitas, anunciou a contratação dos candidatos aos cargos de coordenador geral e vice-coordenador geral da Queima das Fitas. Carlos Missel e Henrique Duarte, os novos ocupantes, respetivamente, desses cargos, procederam a uma breve apresentação da equipa organizadora da QF’21. 

Esta Assembleia Magna ficou marcada por uma grande contestação por parte de vários estudantes. A AM/AAC, que ao início esteve perto de ser cancelada pelo excesso de participantes no auditório e que levou, inclusive, a alguma exaltação de ânimos, esteve novamente, nos momentos finais, perto de ser interrompida. Desta vez, devido ao baixo número de associados para formar o quórum, pois o número de estudantes presentes que começou por rondar os 230 baixou para cem nos momentos finais.

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