Após ser eliminado da taça nada melhor que jogar com menos dois para ver se também perdem no campeonato. Para quem gosta de acompanhar a Académica, João Pimentel e Paulo Sérgio Santos recomendam ir lendo por aqui porque na televisão não tem corrido bem.
Mika – 6
Temos não um, mas dois vice campeões do mundo de sub-21, em 2011, no plantel. Qualquer um deles será também um ex futuro vencedor da Taça de Portugal 2020/21. Mas, no caso de Mika, só tem de agradecer ao seu colega de posto, Daniel Azevedo. O melhor mesmo é garantirmos que o Mika se mantém afastado de lesões até ao final da época se queremos ter algum motivo para festejar.

Fabiano – -2
Vamos ser sinceros contigo, Fabiano. Não vou dizer que não nos desiludiste. Cremos, até, que o melhor é darmos um tempo. O problema não é nosso, é teu.
Rafael Vieira – 0
Descobrimos uma coisa em que terá, certamente, 20 no FM: reflexos manuais. O que o torna um candidato excecional a poder jogar andebol. Mas terá, cremos também, 0 na parte cognitiva que dita que já tendo um amarelo, uma falta perigosa pode dar origem a outro amarelo. O resultado, esse, é meramente cromático: amarelo mais amarelo é igual a vermelho.
Bruno Teles – 5
Ouvir o comentador da SPORT TV dizer que Zé Castro faz falta é o equivalente a dizer que Eduardo Cabrita é crucial enquanto ministro da Administração Interna. Se o último for bom com os pés, e independentemente da idade, pode ser que uma troca no mercado de janeiro faça bem a ambos. De resto, e voltando ao Bruno, só temos isto para te dizer: andas a cair-nos no goto, mas os teus colegas não ajudam.
Fábio Vianna – 5
Não sabemos bem o que escrever aqui, avisamos já. Habilita-se a ter que começar a fazer treinos de captação para defesa-central. Só temos um problema: depois não temos defesa esquerdo. Mas também já não temos central. Se podíamos ter? Podíamos. Se temos? Não. Ficamos com um paradoxo complicado, uma espécie de equação de Schrödinger futebolística: no próximo onze poderemos ter o Fábio a central ou a lateral. Ou a central lateral. Ou em lado algum.
Ricardo Dias – 4
É o outro vice campeão do mundo, um galardão ostentado por poucos. Hoje levas das notas mais baixas que já te demos porque, pensa bem, qual é a necessidade de dar uma trancada a meio campo e levar um amarelo com a equipa reduzida a 10 e contigo a central? Mais outro e ficavas igual ao Rafael Vieira.
Guima – 5
Demonstrou que é excelente a correr 100 metros e também que finalizar é para os outros. Pode não se pedir mais para um médio, dirão os adeptos mais fervorosos, mas nós somos exigentes. Rui, se nos leres, treinos extra de finalização na véspera e no dia de Natal. E se não acertar mais de 50%, manda-o descalço para a cama.
Fabinho – 5
Continua a não entrar nas nossas preferências e as razões podem ser mais que muitas: estamos desatentos quando ele pega na bola, não vemos a sua movimentação sem a mesma, calçámos as meias erradas no dia do jogo, está frio, está calor… Resumindo, não sabemos. Hoje, pelo menos, fez uma assistência para uma assistência.
Traquina – 6
“O capitão tem que dar o exemplo”. Hoje não foi exceção. Não foi nem carne, nem peixe e os seus melhores colegas seguiram-no à risca, que os outros [inserir qualquer expressão de cariz religioso ou outro que se adeque].
Bouldini – 5
Ao contrário do João Mário, não meteu no bolso o outro internacional em campo pelo Casa Pia. Mas compreendemos, não é fácil desenvencilhar-se ou marcar um jogador dessa colossal seleção que é Malta. Ficará certamente para Pina Manique mostrares que és o nosso Djoussé 2.0 (que, repare-se, joga agora no Casa Pia – este jogo foi muito estranho).
João Mário – 6
Mostrou, uma vez mais e como se tal fosse preciso, que é um jogador acima da média (e confessamos que torcemos um pouco o nariz quando soubemos da contratação dele). É reparar que meteu no bolso um internacional pelo Luxemburgo. Não está ao alcance de todos. E, claro, fez o golo.

Mike – 0
Vamos ter que voltar a ser amigos. Não é por termos arranjado melhor que agora és apenas a alternativa de uma só noite, ou melhor, um só jogo (ou mais, que projeções salivares em tempos de pandemia não são brincadeira). Cá nos vemos no dia 27.
Sanca – 0
Entrou em campo quando faltavam cerca de 6 minutos para os 90 e pouco fez. Vamos assumir que foi porque faltou o tempo. Mesmo que não seja por isso, ninguém precisa de saber. Eheh
Rui Borges / Fernando Alexandre – 5
Há muitas considerações a fazer aqui. Mas a principal é não termos centrais. E, então, jogamos com adaptações de laterais ou de trincos. A questão, contudo, é porque não há banco, pelo menos, para o Afonso Peixoto? Não há ninguém que se aproveite nos sub-23? Ou nos juniores? Falta-nos, como é óbvio, conhecimento da personalidade e compostura dos jogadores e do seu desempenho nos treinos. Todavia, não vendo alternativas que não adaptações que espremem ainda mais o plantel principal, por que razão temos, então, uma equipa de sub-23 que, calculamos, não é gratuita?
Comentadores -0
Já na partida para a Taça de Portugal os senhores do Canal 11 nos tinham brindado com um pouco de desconhecimento da estrutura da equipa técnica da Briosa. Hoje foi a vez dos da SPORT TV. O Fernando Alexandre ora se chamava de Rui Borges, ora era o treinador-adjunto. Aconselhamos, no mínimo, a umas leituras aos Um a Um de uns tipos porreiros que escrevem umas coisas engraçadas, ali para os lados do Jornal A Cabra.
Académica – 0
Já aqui debatemos a inconstância do posicionamento estrutural do Fernando Alexandre, mas temos que trazer à baila outra questão, derivada da falta de centrais. Para que serve o site de um clube quando nem sequer podemos ver a constituição dos plantéis das camadas jovens, quanto mais não seja os mais velhos? É educacional (?) ler-se a missão, os valores e a visão de tais desideratos, mas cremos que a transparência é muito mais útil. Principalmente porque se essa mesma constituição das equipas for uma espécie de segredo de estado, então temos fugas de informação no zerozero. Sugestão: aproveitar-se parte do dinheiro da equipa de sub-23 e fazer um site como deve ser. Os adeptos, que pagam quotas, merecem.
