“Para os bancos vão milhões, para os SASUC vão tostões” foi um dos cânticos dos manifestantes. Melhores condições das cantinas, das repúblicas e das residências foram as reivindicações do público. Por Julia Floriano
Na tarde de terça-feira, 14 de dezembro, manifestantes reuniram-se no largo D. Dinis às 14 horas. O evento “manifestação +SASUC” contou com a presença de aproximadamente 70 pessoas, de acordo com uma das intervenientes. Diogo Vale, um dos organizadores da manifestação, explica que a “falta de responsabilidade” dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) como por exemplo, em relação às cantinas amarelas “não é um problema de agora”. A questão da infraestrutura das residências e repúblicas estudantis também foram temas da iniciativa.
“O prato social é um direito, sem ele nada feito”
As filas excessivas, que perduram no contexto atual de pandemia, o alto custo das refeições e a falta de apoios sociais são alguns dos problemas das cantinas, como foi apontado numa das primeiras intervenções da tarde. As cantinas amarelas foram citadas como exemplo, de uma “promessa”da qual os estudantes estão “há dois anos à espera”.

“Habitação é um direito, sem ela nada feito”
Moradores de algumas residências e repúblicas universitárias testemunharam as condições da infra-estrutura em que vivem. “Falta de apoio dos senhorios”, “obras sem ajuda dos SASUC” e o “custo dos reparos feitos pelos estudantes” foram queixas ouvidas ao longo do evento. Gonçalo Santos, estudante de Mestrado em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário confirma que, “de facto às vezes as condições não são as melhores” e explica ainda que na residência em que vivia “não havia frigoríficos nem máquinas de lavar”. “Tínhamos que ser nós a financiar os custos para além da renda” acrescenta.

Já nas repúblicas, os representantes relataram a falta de higiene e pedidos de auxílio sem resposta. Os manifestantes mostraram-se empenhados em mudar esta realidade social. Entre outras repúblicas a iniciativa contou com a presença dos moradores do Solar Residência dos Estudantes dos Açorianos que lutam contra uma ordem de despejados. Os estudantes defenderam a importância da residência como um sítio onde ocorrem “eventos culturais e sociais” abertos à comunidade.
Por fim os manifestantes seguiram pelas escadas monumentais onde se continuaram a fazer ouvir.



