Ensino Superior

Após um mês de espera CI/AAC tem nova direção

José Miguel Couceiro

Tomada de posse adiada após queixas por parte de um dos associados. Evidenciar tecnologia como cultura é o principal objetivo. Por João Gamelas 

A nova direção do Centro de Informática da Associação Académica de Coimbra (CI/AAC) tomou posse na passada terça-feira, dia 17 de novembro. Para este mandato, a lista vencedora assume a vontade de reorganizar a secção, que chegou a estar inativa durante dois anos.

O Presidente do CI/AAC, Paulo Nogueira Ramos, considera que estavam cumpridos todos os requisitos para “terem ocorrido eleições no momento em que a maior parte das secções culturais as tiveram”. No entanto, após queixas de falta de transparência apontadas por um associado, o Conselho Fiscal/AAC decidiu adiar o processo eleitoral. Esta reclamação foi mais tarde indeferida, mas o presidente lamenta “o atraso de mais de um mês, em relação à tomada de posse”. 

Com o principal objetivo de “ver o CI/AAC de forma clara e destacada enquanto secção cultural”, a nova direção pretende evidenciar os assuntos informáticos e tecnológicos como cultura. Surge, assim, o propósito de acordar uma secção considerada “adormecida” que, na opinião de Paulo Nogueira Ramos, era composta por “um grupo de pessoas que ia ajeitando a internet da casa quando podia”. 

Ao declarar uma posição diferente, o presidente do CI/AAC assume o objetivo de dar recursos aos estudantes e à comunidade para que possam “estar mais preparados e integrados na revolução digital que está a acontecer”. E é nesta mudança de diretivas, que são apresentados quatro novos departamentos pela direção. 

Paulo Nogueira Ramos explica que no Departamento Cultura 4.0 vai haver espaço para a discussão sobre as perguntas mais urgentes acerca da revolução tecnológica e do mundo digital. Acrescenta que para potenciar o conhecimento do CI/AAC no meio académico, foi criado o Departamento de Imagem e Comunicação. Este pretende reestruturar e modernizar a identidade visual da secção “para a comunicação ser bem feita e ter um maior alcance para a adesão de futuros associados”.

No Departamento de Formação e Inovação vão ser dados ‘workshops’ que permitem aos participantes adquirir ferramentas “úteis a qualquer área do saber e a qualquer estudante”. Ao nível da inovação, este departamento tem como intuito incentivar e impulsionar projetos inovadores feitos pelos associados, com base na aplicação dos conhecimentos requeridos nas formações.

Com uma vertente mais lúdica, surge o Departamento Gaming, que visa atingir os fãs de videojogos, mas sempre com um caráter de responsabilidade social do qual assumem não se querer desviar. Pretendem assim mostrar que “há muitos videojogos que têm um impacto positivo na sociedade”. 

Questionado acerca da forma como a pandemia afetou os planos do CI/AAC, Paulo Nogueira Ramos recusa-se a ver esta crise pandémica como um obstáculo, mas sim como uma “oportunidade da equipa, se testar e tentar evoluir”. 

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