Utilização de drones para combater o lixo marítimo une tecnologia e preservação ambiental. Pesquisadores buscam diminuir a poluição nas costas portuguesas. Por Ana Haeitmann
A UASLitter, formada por investigadores da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra (INESC) e do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE-UC), tem como objetivo identificar o tipo de lixo marítimo e a quantidade deste para que as câmaras municipais e entidades ambientais possam fazer a sua remoção efetiva. O projeto teve início em 2018 e deve terminar em 2021 e já está em fases de teste nas praias de Figueira da Foz, segundo Filipa Bessa, uma das investigadoras do projeto.
Segundo a pesquisadora, para as entidades governamentais e não governamentais a recolha do lixo talvez seja o único foco. Todavia, para os investigadores também é importante “estimular a conscientização sobre a poluição marinha e propor medidas de mitigação e prevenção desta, sendo necessário detectar os tipos de lixo para chegar à sua origem”.
A ideia de se utilizar drones surge do fato de que estes podem acessar áreas mais remotas. No entanto, apesar de serem ‘low-cost’, os aparelhos não foram produzidos de forma sustentável nem pelos próprios investigadores, que apenas desejam utilizar “a tecnologia para proteção ambiental”, de acordo com Filipa Bessa.
Financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, os cientistas estão na linha final de testes de um programa que visa a conscientização de indústrias e da população, além da retirada efetiva do lixo por parte do governo português, diz Filipa Bessa.
Legenda da fotografia: da esquerda para a direita, Paula Sobral, Filipa Bessa, Luísa Gonçalves e Gil Gonçalves
