Cultura

Exposição de Pedro Pascoinho chega a Coimbra

Fotografia gentilmente cedida por Pedro Pascoinho

Numa reflexão sobre atualidade, autor de “ESCAPE/ THE ASSUMPTION OF BLUE” defende uma arte aberta. Diretor da Galeria Sete considera que o espectador é um agente fundamental da arte contemporânea. Por Mafalda Pereira

Constituída por pintura, objetos escultóricos e uma instalação sonora, “ESCAPE/ THE ASSUMPTION OF BLUE” lança um olhar crítico e inovador sobre as preocupações do mundo atual. A exposição, de Pedro Pascoinho, tem início amanhã e fica patente no Museu Nacional Machado de Castro (MNMC) e na Galeria Sete até a 29 de dezembro.

Do ponto de vista do diretor da Galeria Sete, Eduardo Rosa, esta é uma exposição direcionada a todo o país, e há a esperança de maior adesão por parte do público. “Temos pessoas de todo o país a visitar-nos e neste caso concreto há ainda mais expectativas pelas pessoas que visitam o MNMC. Como a exposição vai estar em dois sítios certamente haverá mais público a vê-la”, conta o diretor da Galeria Sete.

Os espectadores têm um papel fundamental nas obras de arte, defende Eduardo Rosa. Refere ainda que “a arte contemporânea depende sempre da interação com o espectador”. O diretor da Galeria Sete explica que por a história da arte contemporânea ser “sempre a história do próprio espectador”, acaba por depender muito de cada pessoa.

Fotografia gentilmente cedida por Pedro Pascoinho

Já segundo o autor da obra, Pedro Pascoinho, esta pretende criar um espaço de reflexão e um olhar sobre a contemporaneidade naqueles que a vão visitar. O interesse do artista é conseguir a atenção do público mais jovem, uma vez que a tarefa é desafiante. “A parte difícil era ver mais jovens a procurar respostas através da arte, porque ela é contemporânea, ou seja, analisa as preocupações de hoje em dia”, explica Pedro Pascoinho.

Numa altura em que o mercado artístico está a crescer, Pedro Pascoinho expressa a sua despreocupação em marcar a diferença. “Eu não trabalho para ser diferente”, admite. “O trabalho que eu faço nasce do anterior, ou seja, acaba por ser uma herança dele mesmo”, esclarece o artista.

Uma arte aberta a todos é uma das características do trabalho do artista, que defende que esta “não está destinada a uma única franja do público”. “A minha arte é aberta a todos, é isso que considero que a arte deve ser, trabalhar para todos”, arremata.

Para além da exposição “ESCAPE/ THE ASSUMPTION OF BLUE”, integrada no programa de exposições convergentes da ANOZERO’19 – Bienal de Coimbra, os trabalhos do artista já percorreram vários lugares do mundo, entre os quais Málaga, Madrid e Milão.

To Top