Pré-escolas trouxeram cor à Baixa de Coimbra em cortejo simbólico. Desfile prima pela aproximação das crianças à tradição coimbrã. Por Maria Luísa Calado e Paula Martins
De cartola e bengala na mão, mais de 300 crianças animaram as ruas de Coimbra em mais uma edição do Cortejo dos Pequenitos. O evento, que convida estabelecimentos de pré-ensino do município, contou com a participação de 13 escolas, num desfile entre a Praça 8 de Maio e o Estádio Universitário de Coimbra. A atividade, dinamizada pela Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) 2019, decorreu durante a tarde de hoje, dia 26 de abril.
As crianças mascararam-se com trajes académicos e desfilaram com os acessórios dos estudantes finalistas, exibindo as cores características de cada faculdade. Além das vestes, os meninos fizeram-se acompanhar de carros enfeitados a representar os da Queima das Fitas (QF). O desfile não terminou sem que os mini finalistas mostrassem a sua prestação perante um júri constituído pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e por representantes de entidades parceiras – Fórum Coimbra e Portugal dos Pequenitos.
Foram as próprias crianças, em conjunto com os professores, que criaram os figurinos, cujos materiais foram cedidos pela AAC. Durante o desfile, os familiares observavam com orgulho os meninos que enchiam as ruas da Baixinha de alegria e vivacidade. Aida e António Miguel, pais da pequena Lara, sublinharam o entusiasmo e a agitação da filha ao longo desta comemoração.
“O Cortejo dos Pequenitos é um evento de aproximação da Queima das Fitas à cidade”, frisa Serenela Luz, comissária da Representação Institucional da QF. A mãe de Lara reitera a ideia da comissária, “com estas iniciativas as crianças começam a afeiçoar-se às tradições coimbrãs desde tenra idade”.
Num momento em que o cortejo da QF é criticado pelos excessos praticados, em especial no que toca ao álcool, Bruno, um dos pais dos meninos, lamenta a conceção errada que muitas crianças têm da Queima das Fitas. “O desfile é muitas vezes encarado pelos mais novos como um cortejo de bêbados”, explica Bruno. Por isso, iniciativas como esta são importantes na medida em que “ajudam a desmistificar o conceito da QF”, acrescenta.
Fotografias: Maria Luísa Calado e Paula Martins
