Ensino Superior

O que se passa no Salgado Zenha

Hugo Guímaro

Mau uso do espaço leva à reabilitação. Requisição do mini auditório implica pagamento de um valor simbólico. Por Bruna Cadima e Rafaela Chambel

A reabilitação do mini auditório Salgado Zenha foi discutida em reunião pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), em conjunto com o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC). O projeto conta com o apoio da reitoria, na pessoa do vice-reitor Filipe Menezes, que já “mostrou todo o apoio para ajudar nessa reabilitação” afirma o administrador da DG/AAC, João Ferreira.

Caso aprove o orçamento, a reitoria contribui com dois terços do investimento para a obra. O restante fica ao encargo da DG/AAC e do CEC. Para além da espera pela confirmação dos valores totais que a reitoria pode disponibilizar, a demissão da antiga vice-reitora Clara Almeida Santos levou ao atraso da obra, refere João Ferreira.

A melhoria do espaço pretende responder aos maus usos verificados até à data. O vice-diretor do CEC, Tiago Santos, refere que “os requisitantes do espaço fizeram questão de estragar a sala”. A iniciativa pretende criar novas condições de segurança ao eliminar o fosso que existe e que se tornou num “acumular de lixo e beatas de cigarro”, explica.

As obras feitas no auditório, em 2012, centraram-se na reabilitação do chão e das paredes. Contudo, estas mostraram-se de curta durabilidade, referem João Ferreira e Tiago Santos. Para dar continuidade às melhorias no espaço, o investimento deste ano visa incidir nas infraestruturas, ao apostar numa sala mais acolhedora e intimista, salienta o vice-diretor do CEC.

Para o efeito, o CEC pretende começar com uma limpeza do espaço. A substituição das cadeiras conta com o apoio do Cinema NOS. O ar condicionado, “estragado há mais de cinco anos”, já foi reparado. A insonorização da sala, processo mais demorado, é também uma prioridade para que não se ouçam “as tunas e o Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra aquando da projeção de filmes”, afirma Tiago Santos.

O protocolo que estava em vigor desde 2004 responsabilizava a DG/AAC pela manutenção e limpeza do espaço e o CEC pelas questões técnicas. Tiago Santos menciona que esta divisão de responsabilidades não foi cumprida, o que se traduziu na degradação da sala. Com a requalificação do mini auditório, o CEC vai assegurar a limpeza e a gestão dos usos do espaço. O vice-diretor do CEC salienta os custos que esta responsabilidade acarreta, como a contratação de uma empresa de limpeza. Por este motivo, vão passar a cobrar um valor simbólico de um euro por hora. João Ferreira sublinha que o valor serve para responsabilizar os requisitantes para uma melhor utilização do auditório.

Não existe data prevista para abertura do espaço. João Ferreira e Tiago Santos apontam para que a obra esteja finalizada a tempo de acolher o Festival Caminhos.

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