Ensino Superior

Departamento de Física recebe debate entre candidatos à DG/AAC

Bárbara Costa

Problemática das secções esteve em mesa no debate, assim como questão das residências. Visibilidade dos núcleos foi o principal foco das perguntas que surgiram entre a plateia. Por Bárbara Costa e Maria Luísa Calado

Questões relacionadas com as festas académicas e a consequente falta de financiamento, bem como as condições das secções culturais e desportivas da Associação Académica de Coimbra (AAC) foram as questões mais discutidas entre as listas concorrentes à Direção-Geral da AAC (DG/AAC). O debate ocorreu esta terça-feira, dia 20, no Departamento de Física da Universidade de Coimbra (UC) e contou com a presença dos quatro representantes das listas candidatas que vão a votos nos próximos dias 26 e 27 de novembro.

Balanço do mandato anterior

Quando questionados sobre o balanço do mandato anterior, a lista C – “Contigo Somos Académica”, representada por Daniel Azenha, declara que “houve um bom desenvolvimento com grandes lutas e vitórias”. A candidata da Lista P – “Atitude Preto no Branco”, Mariana Rodrigues, assume que houve “alterações significativas no panorama político”. O representante da lista A – “Agitar a Academia”, Miguel Mestre, reconhece que “já foi dado um primeiro passo a nível das propinas”. Contudo, para este cabeça de lista, “ainda há, no papel político, um longo cominho a percorrer”. A lista M – “Mudança”, liderada por Pedro Chaves, ao contrário da concorrência, alega que o balanço foi negativo e que “seria possível fazer mais se a comunidade estudantil fosse melhor mobilizada”.

Festas Académicas

Pedro Chaves apoia a liderança das festividades por parte do “único órgão que representa todos os estudantes”, a AAC. Miguel Mestre não concorda, tal como Pedro Chaves, com a participação do Magnum Consilium Veteranorum – Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra na organização da Queima das Fitas (QF). O líder da lista M defende a “alteração da distribuição de verbas, de forma a dar mais lucro às secções da casa”. Já Mariana Rodrigues reforça a importância de uma “maior participação da comunidade estudantil na organização direta da QF”. As listas queixam-se em unânime da ausência de verbas para as secções, assim como a falta de organização da Festa das Latas e Imposição de Insígnias deste ano letivo. Para Daniel Azenha, a organização da QF deveria regressar “aos comissários das faculdades”.

Fotografia por Bárbara Costa

Secções culturais e desportivas

De acordo com Daniel Azenha, a estabilidade financeira da QF é importante para a manutenção das secções. Miguel Mestre não esquece o facto de “haver secções desportivas sem direção por não existirem condições para trabalhar”. Rever o estatuto do estudante-atleta é um dos objetivos da sua lista.

Pedro Chaves alerta para o “perigo de negociar com instituições privadas para obter fundos”. Uma das preocupações de Mariana Rodrigues é “conseguir que as secções mais pequenas da casa possam edificar-se e chegar a um patamar de igualdade em relação àquelas que têm mais financiamento”. Para a representante da lista P, a solução passa por criar uma aplicação informática que possibilite a criação do horário associativo de cada estudante.

Ação Social e alojamento

De forma geral, os candidatos concordam que há escassez de alojamento estudantil. Segundo os mesmos, o número de camas não é suficiente para abarcar a quantidade de estudantes que necessitam delas e pretendem intervir junto das entidades responsáveis.

A questão que surgiu entre a plateia

No momento aberto às questões do público, os núcleos foram o principal tema debatido. Para a lista C, os núcleos são “o pilar de ligação aos estudantes”. Pedro Chaves partilha desta ideia, em especial no que toca aos alunos de primeiro ano. Para a lista encabeçada por Mariana Rodrigues, os núcleos são “importantes para as saídas profissionais e para a pedagogia”. No entanto, o representante da lista M considera que a prioridade são “as secções culturais” e subscreve Mariana Rodrigues na intenção de evitar conceder poder de deliberação aos núcleos e, consequentemente, caminhar para a “criação de uma federação da AAC”. Miguel Mestre não se pronunciou.

[Artigo atualizado às 11h30 do dia 21/11].

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