Ciência & Tecnologia

“Conversas no Espaço” entram na atmosfera da UC

Inês Nepomuceno

Palestra sobre o futuro da humanidade no espaço vai ser motor de debate em Coimbra. Eventual exploração na Lua e em Marte pode funcionar como resposta. Por Diana Ramos

“Conversas no Espaço” é um evento criado no âmbito das European Space Talks (EST) que decorre no próximo dia 27 de novembro, às 16 horas, no espaço Rómulo do Departamento de Física da Universidade de Coimbra (UC). A intenção é criar uma discussão à volta do futuro de Coimbra e do Homem no espaço.

A dinâmica vai ser dividida em duas partes, ambas com debate em mesa redonda. A primeira fase, intitulada de “Coimbra no Espaço”, procura discutir “qual a atualidade e o passado da cidade no setor industrial do Espaço”, afirma o presidente da Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronáutica da Associação Académica de Coimbra (SAC/AAC), Henrique Neves. Questões como “Qual o futuro viável das empresas de Coimbra no espaço?” vão ser o mote para procurar entender o que é que as empresas têm feito nesta área, quais destas estão ativas, onde atuam e podem vir a atuar.

Na segunda fase, o tópico “Humanidade no Espaço” vai tentar compreender quais os próximos passos a dar neste campo e a possível exploração na Lua e em Marte. “O espaço e a sua respetiva observação astronómica é a atividade mais antiga da humanidade”, frisa o presidente da SAC/AAC. A pergunta “Quais os maiores objetivos para a Humanidade no espaço?” vai espoletar a dissertação dos feitos na estação espacial internacional e a sua crescente importância “no inevitável fim de vida”, explica.

Os temas vão ser abordados por conferencistas que se destacam pela sua ação em empresas e áreas de investigação, que pretendem explorar o futuro da humanidade no espaço. Entre estes, salientam-se o CEO da Active Space Technologies, Bruno Carvalho, o investigador Miguel Moita e o professor José Pinto da Cunha, que é coordenador do Mestrado de Astrofísica e Instrumentação para o Espaço na UC. O objetivo é conversar sobre o espaço, de forma a dinamizar e difundir informação nesse sentido.

“Espera-se que a universidade possa chegar a conclusões que permitam melhorar o que é o atual panorama para a educação de astrofísica na UC”, sublinha Henrique Neves. O mesmo afirma que pode ser preciso alterar o curso de astrofísica para que este fique mais condizente com aquilo que são as necessidades da indústria. As EST são um conjunto de palestras que decorrem durante o mês de novembro nos estados membros da European Space Agency.

Com Júlia Lopes

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