Festival procura fortalecer laços entre grupos académicos de vários pontos do país. Para além de estudantes, pessoas mais velhas e residentes são convidadas a assistir ao evento. Por Bárbara Costa e Leonor Garrido
A 28ª edição do Festuna – Festival Internacional de Tunas de Coimbra vai decorrer nos próximos dias 24, 26 e 27 de outubro. “O evento promete trazer tunas de todas as partes do país, de modo a evidenciar diferenças musicais e a maior diversidade possível”, adianta o coordenador-geral do festival, Carlos Pinho.
Destacado das restantes tunas internacionais, o Festuna foi um dos primeiros festivais de tunas a aparecer em Portugal e o primeiro a realizar-se em Coimbra. Do conjunto de festivais nacionais e internacionais, “acaba por ser, de facto, um evento de renome organizado pela Estudantina Universitária de Coimbra (EUC)”, ressalva Carlos Pinho.
A primeira noite vai arrancar pelas 22 horas na Praça 8 de Maio, ao som do Grupo de Fados e Guitarradas da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (AAC). De seguida, fazem parte da lista das tunas a atuar a Tunadão 1998 – Tuna do Instituto Politécnico de Viseu, a Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior, a anTUNiA – Tuna de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a Tuna Universitária do Porto. Depois dos concertos dos grupos a concurso, vai ainda haver tempo para a EUC fechar o espetáculo de sexta-feira.
O coordenador-geral não deixa de realçar o Sarau Festuna, a realizar nos Jardins da AAC, pelas 15h30, “para mostrar às tunas de fora o que de melhor se faz na cidade de Coimbra”. Decorrido este aquecimento, às 21 horas começa a noite de espetáculo das várias tunas no Teatro Académico de Gil Vicente, com apresentação especial do Estudantino Chavalhas, Pedro Carvalhas, pivot da TVI24.
Ainda dentro da programação, na quarta-feira às 11 horas, em parceria com a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), vai decorrer o Festuna Solidário. Para divulgar o evento, a EUC vai ao programa “Praça da Alegria”, na RTP1, terça-feira pelas 10h30.
“A coisa mais difícil é gerir pessoas”
Carlos Pinho menciona que, por este ser um evento de renome internacional, “a responsabilidade da organização e o trabalho aumentam, mas não deixa de ser algo que dá prazer de organizar”. O mesmo promete trazer algumas novidades em relação às edições anteriores.
O coordenador-geral confidencia ainda que “a coisa mais difícil é gerir pessoas” e, a seguir a isso, “é gerir pessoas que não recebem dinheiro”. Em relação ao trabalho voluntário, o mesmo salienta as dificuldades em motivar essas pessoas para disponibilizarem o seu tempo livre e a conciliar o trabalho, o estudo e outras responsabilidades pessoais com a organização do festival.
Ao contrário dos restantes festivais, “o Festuna consegue mover, para além dos estudantes, residentes de outras idades e, por isso, é mais virado para a cidade”, sublinha Carlos Pinho. Na tentativa de criar laços com tunas de fora, “surgiram outros festivais, pelo que o objetivo do Festuna permanece focado em fortalecer esses laços”, conta. Agregado a isso, “os convívios naturais deste género, dar um bom espetáculo, com boa música, e mostrar o trabalho que as tunas fazem durante o ano são também as principais intenções”, conclui.
Artigo atualizado a 23 de outubro às 12h06
Com Miguel Mesquita Montes
