Ensino Superior

Alexandre Amado reflete sobre o que já foi feito e traça o que se propõe a fazer

O balanço do mandato anterior é positivo, mas ainda se adivinham desafios. O atual presidente da DG/AAC destaca os principais pontos do projeto atual e revela-se surpreendido com a candidatura da lista contrária à sua . Por Joana Pedro

As linhas gerais mantêm-se, não fosse esta uma proposta de continuidade. O atual presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) afirmou ter feito avançar a academia, mas por entender que algum trabalho precisava de ser concretizado, decidiu avançar com a recandidatura. Refere que “há muito trabalho a fazer para poder catapultar a académica para outros voos”, mas faz um balanço positivo do mandato de 2017.

Destaca uma academia mais credibilizada e não deixa de ressaltar o objetivo cumprido de tentar travar o Regime Fundacional. “O assunto pode ser suscitado em Conselho Geral durante os próximos anos, mas neste ano conseguimos fazer um debate interno e mobilizar a academia para a maior Assembleia Magna da última década”, referiu. Alexandre Amado falou ainda do movimento associativo isolado nos últimos anos, contudo “dois anos volvidos a académica vê-se a defender a propina zero com meio país a defendê-lo com ela num movimento nacional com outras associações académicas e de estudantes”, afirma.

Do ponto de vista financeiro e administrativo, o atual presidente da DG revela “uma administração próxima das secções da casa e dos núcleos de estudantes”. Não deixou de sublinhar a reestruturação do desporto universitário. “Foram criadas condições para que os jogos europeus universitários se mostrassem a catapulta para o desporto da academia”, bem como mecanismos internos criados de modo a garantir uma melhor organização.

Embora o balanço seja positivo, Alexandre Amado admite os desafios que se adivinham. “Evoluir para uma plataforma digital de logística é algo que se pretende fazer desde o início do mandato”. Explica que ainda não foi possível por algumas contingências do ponto de vista financeiro.

“Há muito trabalho a fazer para poder catapultar a académica para outros voos”

Afirma Alexandre Amado que uma alteração que tem de ser feita na AAC é construir a Académica da base para o topo. Um dos focos do mandato anterior foi garantir a participação estudantil, contudo, segundo o mesmo, a mobilização perfeita está longe de ser atingida. “É preciso ter uma mobilização muito maior em torno da AAC, seja em relação às causas políticas, desportivas, seja em torno das secções culturais ou festas académicas”, refere.

O projeto que encabeça marca-se pela continuidade, assim, a sua proposta visa reforçar os pontos iniciados no ano anterior. Pretende-se continuar a travar o Regime Fundacional, do ponto de vista político, e volta a sublinhar-se a revisão do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES) , que ocorrerá depois da avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). O objetivo é, informa Alexandre Amado, “acompanhar esse processo de revisão, garantindo mais representatividade estudantil. O movimento da propina zero mantém-se, assim como o esforços para garantir ligação a outras associações académicas que partilham com a AAC os mesmos valores e opiniões.

Um outro assunto mencionado pelo candidato foi a regulamentação de taxas do ensino superior, assunto que tem sido conversado com o Ministério desde 2016. Alexandre Amado explica que a Assembleia da República autorizou o Governo a delimitar o que pode ser alvo de taxa e emolumento, e o que não pode. “A verdade é que uma vez que não há consenso entre os estudantes e os responsáveis pelas instituições do ensino superior, o governo está a abster-se de tomar qualquer posição”, explica. Contudo, garante que a AAC vai tomar os procedimentos necessários para que isso aconteça.

Foca ainda que os Jogos Europeus Universitários de 2018 devem ser organizados com excelência. Porém acrescenta que “o que mais interessa não é fazer boa figura do ponto de vista da organização, mas sim aproveitar o seu legado para todos os estudantes da UC”, acrescenta. Um outro aspeto que já havia partilhado ao Jornal A Cabra com menos pormenor, é a abertura de um Mercado Social. Alexandre Amado refere já haver um pré-acordo com os Serviços de Ação Social da UC (SASUC) para que haja uma distribuição do ‘take-away’, dos almoços e jantares, e estão em conferência com o fornecedor para garantir que o preço é o mais baixo.

Quanto à canditura de Francisco Sarmento, atual Tesoureiro da DG/AAC, Alexandre Amado afirma querer apenas focar o seu projeto. Porém, não deixa de se mostrar surpreendido com esta candidatura “pela falta de qualquer manifestação prévia de discórdia”. Conclui ao dizer que “cabe aos estudantes retirar as ilações sobre a coerência das candidaturas”.

Fotografia: Arquivo

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