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Ministro do Ambiente sublinha o desenvolvimento de projetos de economia circular

‘Startup’ reconhecida pelo executivo português. Exemplo de modelo económico tem vindo a crescer e expandir-se pelo país. Por Carolina Cardoso e Daniela Pinto

A visita do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, às instalações da Book in Loop, sediada na Incubadora do Instituto Pedro Nunes, procurou analisar assuntos como a economia circular e o empreendedorismo jovem. A passagem do membro do governo pela empresa aconteceu esta quarta-feira e contou com presença dos fundadores e atuais responsáveis, bem como de vários colaboradores, com quem pôde trocar impressões. O mesmo, durante a visita, ficou a conhecer os espaços onde é desenvolvido o projeto, bem como os métodos de trabalho.

O CEO da Book in Loop, João Bernardo Parreira, explica que a ‘startup’ “foi fundada, em 2016, pelo facto de não fazer sentido ter manuais em casa que já não eram necessários” e, por outro lado, pela “necessidade de comprar manuais novos, com garantia de qualidade e mais baratos”. Segundo o próprio, “este era o desafio para o qual era preciso encontrar uma solução”. Foi possível chegar a esta ideia, visto que “havia famílias que tinham livros em casa e que estavam dispostas a desfazerem-se deles”, refere.

A Book in Loop foi, em 2017, premiada pela Associação da Economia Digital, o que lhe conferiu “reconhecimento”, afirma o seu CEO. Ao longo da visita, o ministro do Ambiente congratulou a equipa técnica e o projeto, que descreve como um exemplo de “economia circular muito importante”. Além disso, na perspetiva do ministro, esta iniciativa tem um potencial pedagógico, ao ensinar as crianças a “estimarem o que têm”. Caracteriza ainda o trabalho da empresa como “muito meritório”.

A proteção do meio ambiente também foi um tema frisado por João Matos Fernandes durante a visita, através do sistema de “economia circular”, acrescenta o ministro. Esta teoria económica baseia-se em “haver menos consumidores e mais utilizadores”. Deixa-se de consumir o livro, e passa-se a “reutilizá-lo”. Segundo o próprio, enquanto “a economia linear conduz à escassez, a economia circular conduz à abundância”.

No presente, o ministro considera que o atual “modelo de economia se baseia em transformar, extrair, utilizar e deitar fora”. Conclui, então, que “todos os produtos devem ser pensados, desde o início do seu fabrico, para durarem mais e serem manufaturados e reparados”. E, quando “estiverem obsoletos, todos os componentes que compõem o livro puderem ser reciclados”, sugere.

A empresa “aumentou dez vezes o número de reservas de manuais em relação ao ano passado”, conta João Bernardo Parreira. Além disso, o número de postos de vendas também aumentou e expandiu-se pelo país, tal como demonstrou o fundador da empresa ao ministro do Ambiente.

 

Fotografia: Carolina Cardoso

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