Cultura

Caminhos de regresso após um ano de interrupção

Após um ano de pausa, o festival Caminhos do Cinema Português regressa para a sua XXª edição, a decorrer de 14 a 22 de novembro no Teatro Académico de Gil Vicente. Os problemas de financiamento ocorridos em 2013 foram ultrapassados através de uma maior gestão dos recursos e da procura de apoios externos. Por Salomé Fernandes e Catarina Vila Nova

“Creio que ainda há muito preconceito em relação ao cinema português”, critica Tiago Santos, produtor executivo do festival, referindo que se encara o cinema português como “espetro do cinema parado”. O membro do Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra (CEC/AAC) conclui, da sua experiência pessoal, que existe a imagem de “um cinema pensado e de grande qualidade do ponto de vista teórico técnico, mas que pode não comunicar com os públicos”. Uma tendência que se tem vindo a inverter, tanto no cinema popular como no cinema épico.

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O painel de jurados deste ano abrange membros dos vários géneros do cinema, como Nicolau Breyner, Vicente Alves do Ó e Luísa Sequeira. Quanto aos filmes, foram selecionados pela sua qualidade técnica e de imagem, temática e igualdade de géneros. De um vasto conjunto, vão encontrar-se em exibição “Paloma” (Nuno Portugal), “Lápis Azul” (Rafael Antunes) e “Famel Top Secret” (Jorge Monte Real).

Relativamente ao facto de o festival se realizar em Coimbra, Tiago Santos considera que ser “fiel às origens” constitui uma vantagem. Na sua opinião, o festival corresponde aos padrões que esta cidade tem vindo a criar, no âmbito da formação de quadros superiores.

O festival vai apresentar, pela quarta vez, o curso de cinemalogia, que tem como formadores os “maiores especialistas nacionais da sétima arte”, indica Tiago Santos. No final do curso, que tem a duração de um ano, os participantes irão demonstrar o seu trabalho através da produção de uma curta-metragem.

 

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